Por Mathias Rodrigues
No dia 8/5/2009, o MST gaúcho realizou uma manifestação para reclamar o não cumprimento do TAC (Termo de ajustamento de conduta), no qual havia sido prometido o assentamento de 2000 famílias no estado até o final do ano de 2008, sendo que até agora só foram assentadas cerca de 500.
Na frente do Ministério Público Federal de Santa Maria (onde estão as provas de corrupção do governo Yeda), os sem-terra montaram um pequeno acampamento já na quarta-feira, e realizaram uma greve de fome até o meio-dia do sábado. Líderes do movimento e a presidente do PSOL na cidade, Sandra Feltrin, se reuniram com os procuradores federais e estaduais para conseguir suas assinaturas num documento criticando o descaso aos sem-terra. Mas ninguém assinou.
Enquanto isso, do lado de fora, falaram representantes da CUT, do DCE da UFSM, do MST e do Movimento Romper o Dia. Percebeu-se um certo medo dos sem-terra em criticar o governo federal, mas no final quase todos concordaram que o descaso não era só da governadora como também do presidente. Quando Sandra chegou, e tomou o microfone para falar em nome do PSOL, foi ouvida uma crítica construtiva ao governo federal, que mantém presos os líderes do MST com o pouco que destinam a estes, mas que investem muito mais no agronegócio do que na reforma agrária.
Reforma inclusive que foi citada no discurso de posse de Lula, em 2003: "O meu papel, neste instante, com muita humildade, mas também com muita serenidade, é de dizer a vocês que eu vou fazer o que acredito que o Brasil precisa que seja feito nesses quatro anos. Cuidar da educação, cuidar da saúde, fazer a reforma agrária ... são compromissos menos pragmáticos e mais compromissos morais e éticos, que eu quero assumir, aqui, nesta tribuna, na frente do povo, que é o único responsável pela minha vitória e pelo fato de eu estar aqui, hoje, tomando posse."
Só resta ao MST perceber, como alguns já perceberam, quem está do lado da reforma agrária e quem está do lado dos latifundiários.
sábado, 16 de maio de 2009
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